Afinal, qual é a embalagem correta para alimentos in natura?

Afinal, qual é a embalagem correta para alimentos in natura?

A embalagem é fundamental para que os produtos da empresa causem uma boa primeira impressão aos consumidores, entretanto, uma embalagem para alimentos in natura deve ser específica, dependendo das qualidades da mercadoria.

Negligenciar o tipo de material utilizado para armazenar esse tipo de alimento poderá gerar a perda do produto, afastar consumidores, causar danos à imagem da empresa, entre diversos outros prejuízos que podem ser evitados com a escolha correta da embalagem.

Se você deseja que sua organização não arque com esses impactos, responderemos todas as suas dúvidas sobre o assunto neste artigo. Aqui, expomos a importância de utilizar materiais específicos ao embalar alimentos crus, quais são os ideais para cada tipo de alimento e o que a legislação diz sobre o assunto. Confira!

Qual é a importância de um material específico na embalagem para alimentos crus?

Há vários fatores aos quais o gestor deve ficar atento quando se trata do manejo de alimentos, como prazo de validade, qualidade, se estão prontos para consumo, visual da embalagem, etc. A embalagem exerce um importante papel na manutenção da qualidade das mercadorias, como também na escolha do cliente pelo produto.

Quanto aos alimentos crus, esse item apresenta maior relevância ainda, pois atua diretamente na saúde do consumidor. Isso exige que o responsável utilize materiais específicos na embalagem, logo, entenda a importância de fazê-lo abaixo.

Melhor conservação do alimento

Melhorar a conservação do alimento consiste em aumentar o seu prazo de durabilidade, e isso é essencial para que ele possa ser consumido no momento em que chegar às mãos dos clientes.

Entretanto, a conservação deve ser pensada de acordo com as características de seus produtos, pois um modelo ou material de embalagem pode danificar determinado item, porém, pode ser o mais adequado para outro. Por essa razão, é preciso estudar o material ideal para os alimentos in natura.

Geração de mais valor ao produto

A embalagem de um produto é a imagem que você deseja transmitir ao cliente, mas não são somente as estampas que podem atrair a atenção dos consumidores. As embalagens podem fazer parte de sua estratégia de marketing e alterar positivamente a imagem da mercadoria para os clientes.

Se utilizadas de forma inteligente, as diferentes embalagens também podem agregar valor ao produto e aumentar as suas vendas.

Preservação da saúde do consumidor

Algumas embalagens podem sofrer reações químicas e contaminar determinados alimentos. Isso causará danos à saúde do consumidor e gerará impactos excessivamente negativos à imagem da empresa. Para evitar esse prejuízo, o administrador deve conhecer os materiais e utilizar o que mais preserva a saúde do consumidor.

Porém, não são todos os materiais que são suscetíveis à ocorrência de tal fenômeno, dessa forma, é possível utilizar embalagens de certos materiais e formas em determinados alimentos crus.

Qual a forma e material ideais para diferentes tipos de alimentos crus?

Não há somente um único meio de armazenar os alimentos crus. Como o setor alimentício inclui mercadorias de diferentes peculiaridades, alguns materiais são mais adequados para cada mantimento.

Cada forma de armazenamento detém suas próprias vantagens, que consistem em determinadas características, como preço, flexibilidade, resistência, entre outras. Entenda, nos tópicos seguintes, os tipos de embalagem ideais para cada alimento cru.

Madeira

Esse material foi um dos primeiros a serem usados como embalagem e é amplamente utilizado no transporte de hortaliças, frutas, legumes, ervas e outros vegetais. Uma de suas características principais é a resistência e relativa leveza para manusear.

Entretanto, embalagens de madeira são pouco usadas em pequenos empreendimentos, pois têm alto custo de confecção, pouca capacidade de proteção de produto e têm baixo conforto no seu manuseio pelos consumidores.

Papelão

O papelão é vantajoso por ser mais leve, econômico, adaptável a diversos formatos, fácil de ser armazenado  pode ser empilhado — e reciclável. Além disso, ele também pode ter uma ampla gama de aplicações, por exemplo embalar produtos pequenos e delicados, como componentes eletrônicos, até objetos grandes, como gôndolas e peças industriais.

Ainda que seja mais sensível à umidade, é um material bastante popular e ideal para transportar uma grande quantidade de alimentos que não demandam grande esforço para preservação, como batatas, massas frescas (como macarrão), ovos, biscoitos, farinhas, grãos crus e outros alimentos.

Vidro

Essa é uma embalagem elegante, consistindo em uma boa opção para transportar produtos que precisam ter seu conteúdo exposto aos clientes, como mercadorias líquidas, úmidas ou pastosas, como azeites extra-virgens, cervejas, café solúvel, conservas, requeijão, geleias etc.

Porém, trata-se de um material excepcionalmente frágil, por isso, não é amplamente utilizado em outros tipos de alimentos.

Plástico

Em razão da fragilidade dos vidros, várias empresas os substituíram por plásticos. Esse é um material que pode ser moldado em diversos formatos e tamanhos, sendo possível ser criado na forma de sacos, caixas, frascos, películas, engradados etc.

Dessa forma, é útil para armazenar diferentes tipos de alimentos, incluindo bebidas, como refrigerantes e sucos, sorvetes; achocolatados; doces, como biscoitos, balas, bombons; embalados, como salgadinhos, macarrão, arroz etc.

Apesar da flexibilidade, são sensíveis à oxidação e a elevadas temperaturas, e apresentam permeabilidade a gases e aromas, tornando possível a migração dos constituintes do material para os alimentos, alterando a sua composição. Outro aspecto negativo consiste na poluição do meio ambiente, levando centenas de anos para a decomposição.

Aço e alumínio

Metais, em geral, são opções ideais para as mercadorias que reagem mal a plásticos. Eles são leves, duráveis, práticos e recicláveis. Os alimentos ideais para os metais são aqueles que precisam ser protegidos de luz, umidade e odor.

Apesar de o aço e o alumínio serem parecidos a olho nu, eles são dotados de qualidades distintas, que os tornam ideais para diferentes produtos. Entenda as diferenças entre essas embalagens:

  • alumínio: é mais adequado para armazenar bebidas carbonatas, como cervejas e refrigerantes, mas também é indicado para enlatados em geral;
  • aço: como ele proporciona mais proteção e isolamento, é mais utilizado para embalar produtos que demorarão mais tempo para serem consumidos, como conservas.

Há dois pontos negativos nesse tipo de embalagem. O primeiro consiste na possibilidade de sofrer corrosão e contaminar os alimentos com seus elementos constituintes. O segundo ponto consiste no elevado nível de poluição na fabricação do alumínio, pois ele é derivado da bauxita, mineral que traz grandes níveis de poluição para o meio ambiente no ato de sua extração.

Isopor

Sua característica marcante se dá no fato de ajudar a preservar a temperatura dos alimentos, dessa forma, é amplamente utilizado para transportar alimentos frescos e nos serviços de entregas de fast foods e restaurantes.

Entretanto, não é uma solução ecológica (tem a reciclagem cara) e a identidade visual da marca fica prejudicada ao ser estampada nas caixas desse material. Além disso, estudos recentes apontam possível relação entre o polietileno (isopor) com a ocorrência de câncer devido ao estireno.

O que a RDC 20/2007 informa sobre esses materiais?

A Resolução RDC n.º 20 de 2007 é o regulamento técnico da ANVISA que dispõe sobre embalagens, revestimentos, tampas, utensílios e equipamentos metálicos que entram em contato com os alimentos.

As principais discussões dessa norma consistem nas embalagens metálicas, nos revestimentos poliméricos, nos corantes e nos pigmentos, nos selantes e nos lubrificantes de superfície. Todas as disposições foram redigidas para garantir a manutenção da saúde dos consumidores.

Materiais que não se encaixam nos citados, como o papelão, têm menos riscos de causarem danos e infringir a norma emanada pela agência sanitária. Muitos administradores negligenciam a embalagem para alimentos in natura, porém, aqueles que utilizam o tipo mais adequado para cada mercadoria conseguirão agradar seus clientes e garantir seu lugar no mercado.

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