Entenda a importância do design de embalagens para a sua marca!
Muito se ouve que a primeira impressão é a que fica, e no design de embalagens essa máxima se encaixa perfeitamente. A embalagem, principalmente no varejo, é o primeiro contato do cliente com um produto.
Além da função básica de proteção, o design de embalagem pensa em diversos outros aspectos que são essenciais para a relevância do produto no mercado.
Planejar a embalagem de seu produto vai muito além da caixa. Os profissionais da área sabem lidar exatamente com o que você precisa para diferenciar seu produto e agregar os valores — tangíveis e intangíveis — que os consumidores esperam.
Além de influenciar o poder de decisão de compra do cliente, a embalagem pode atuar em diversos aspectos percebidos pelo consumidor. Neste texto, vamos entender como funciona o design de embalagens e como ele é essencial para o fortalecimento do seu negócio.
Qual o destaque da embalagem?
No mercado atual, em que somos inundados por novos produtos diariamente, a concorrência é bastante agressiva. Uma das formas de se sobressair nesse cenário é buscar a diferenciação do produto diante dos demais.
Para ilustrar essa situação, imagine-se entrando em um supermercado, onde existem vastas prateleiras (algumas que são até mais altas que você). Nem sempre é fácil achar o que realmente está procurando.
Em uma situação como essa, algum produto ali lhe chamou a atenção, influenciando a sua decisão de compra, e você acabou adquirindo-o, mesmo que esse não seja o real motivo da sua ida àquela gôndola. Esse é apenas um dos exemplos de como a diferenciação pelo design de embalagem funciona de maneira prática no dia a dia.
Investir no design de embalagens é uma ferramenta essencial nessa competição. No varejo, a disposição de um determinado produto é determinada por muitos fatores, sendo que o principal é o investimento do fabricante naquele espaço (para que seu produto fique na altura dos olhos do cliente).
A psicologia das cores nas embalagens
As cores interferem no comportamento humano e até mesmo na primeira impressão que outras pessoas têm sobre você. Mas a psicologia das cores vai além da vertente social e assume destaque no âmbito dos negócios.
Elas consistem em um recurso visual altamente influenciador para o índice de vendas de uma mercadoria. Conforme pesquisa publicada pela Quicksprout, o uso adequado de cores nas embalagens de produtos impacta em 85% nas decisões de compra dos consumidores.
Imagine uma loja de roupa infantil que tenha selecionado a cor preta para marcar sua identidade: objetos, produtos, paredes e portas serão escuras. A escolha não é adequada, porque essa cor torna o ambiente mais sério, fúnebre ou adulto, perspectivas contrárias de um ambiente destinado às crianças.
Apesar do exemplo evidente acima, mudanças sutis também abalam as decisões dos clientes. A pesquisa da Quicksprout mencionada anteriormente evidencia que o roxo é a cor preferida de 23% das mulheres, enquanto 0% dos homens gosta dessa cor.
Assim, é razoável assumir, por exemplo, que produtos cujo público-alvo é feminino terão suas vendas aumentadas ao utilizar a cor roxa em seu design, o que não acontecerá com o público masculino.
Quais são as funções da embalagem?
Além de pensar na embalagem disposta na prateleira, os profissionais da área projetam pensando em fatores de igual importância, como:
Proteção do produto
Uma das funções básicas da embalagem é a proteção do produto e o material da embalagem é um dos pontos cruciais para isso. Se o produto é frágil, a embalagem deve proteger o conteúdo de danos causados por impacto.
Caso seu produto seja sensível à luz, proteções contra UV devem ser aplicadas na parte que está em contato com o produto. Vários cenários devem ser analisados, pois diferentes fontes podem causar danos aos produtos, resultando em um marketing negativo e em prejuízos diretos à empresa.
É preciso ter em mente que, dependendo do material utilizado na embalagem, a proteção oferecida aos produtos também muda. Há uma gama de opções de materiais com diferentes custos, rigidez, aparência, durabilidade, entre outras características que devem ser consideradas pelo administrador.
Eles podem ser adequados, ou não, para cada produto, tanto no quesito de transporte quanto para proteção. A seguir, explicamos sobre os materiais mais comuns e o nível de proteção garantido por cada um deles.
Plástico
Esse é ideal para vários tipos de produtos, pois pode vir em diferentes tamanhos e formas. Quanto à proteção, pode-se dividir o plástico em duas categorias:
- rígido: boa opção para substituir o vidro se deseja reduzir os custos de um produto, mais utilizado no formato de caixa e garrafa;
- maleável: modelo mais funcional e prático, pois é fácil de ser transportado, indicado para alimentos e objetos mais simples, como materiais de estudo e produtos de limpeza.
Vidro
Material prático que pode ser exposto ao calor sem liberar susbtâncias quimicamente contaminantes para seu conteúdo. Entretanto, quebra facilmente e necessita de mais cuidados no transporte. Recomenda-se utilizar uma segunda embalagem de papelão para garantir a segurança.
Papelão
Esse é o mais prático e versátil entre os exemplos, além disso, possibilita vários modelos que são adequados para uma grande quantidade de produtos. Alguns deles são:
- aba total;
- maleta básica;
- corte e vinco;
- aba parcial;
- caixa de pizza;
- caixa de sapato;
Além do preço acessível, tem durabilidade, capacidade de isolamento e assegura proteção para uma ampla gama de produtos, até mesmo alimentos. Seu aspecto negativo consiste no fato de que deve ser mantido longe da umidade.
Alumínio e aço
São leves, duráveis e fáceis de serem reciclados. Entretanto, são custosos e podem sofrer pequenas fissuras durante o transporte, que permitem a entrada de microrganismos, contaminando alimentos. É importante saber a diferença entre os dois materiais:
- alumínio: adequado para proteção de alimentos não sensíveis, como bebidas e conservas em geral;
- aço: proporciona maior isolamento ao meio externo. Por isso, são mais utilizados para embalar frutas, vegetais e sucos.
Transporte e logística
Outra função básica da embalagem é a de transporte. A embalagem deve facilitar a logística, tanto na hora de armazenar quanto ao mover em grandes e pequenas escalas. Nesse caso, ainda deve-se pensar além da embalagem unitária, considerando a embalagem para transporte que sairá da fabricação até o local de venda.
Quanto mais embalagens unitárias couberem, justapostas em outra embalagem (prezando ainda pela proteção do produto), mais se economiza com transporte, pois menos viagens terão de ser feitas para transportar a mesma quantidade do produto.
Já quando pensamos na embalagem unitária do produto, ela deve ser um agente facilitador do transporte do produto ao cliente, oferecendo praticidade e conforto. Outro aspecto importante consiste no meio de transporte dos produtos. Existem vários modais que podem ser ou ter a melhor relação custo-benefício para suas mercadorias. São eles:
- rodoviário: consiste nas entregas feitas em estradas por caminhões, carros e outros veículos. Normalmente transportam cargas gerais armazenadas em caixas de papelão, madeira ou tambores, cargas líquidas e seca (trigo), frigoríficos, como carnes e frutas frescas, e substâncias perigosas, como gases e oxidantes;
- ferroviário: acontece pelas linhas férreas, costuma transportar cargas grandes como grãos, minérios e combustíveis;
- hidroviário: transporte marítimo, tem grande capacidade, é adequado para abastecer lugares mais isolados, cujo acesso mais fácil é de barco;
- aeroviário: facilita o comércio internacional e trabalha com agilidade, recomendável para transportar mercadorias de alto valor ou de urgência.
Ferramenta do branding
O branding é um conjunto de práticas que visam a construção, valorização e gestão de uma marca. Assim como o branding ajuda a pensar como sua marca se posicionará no mercado, a embalagem também atua nesse mesmo cenário.
O design da embalagem deve ser pensado para que o posicionamento do produto, a exposição da marca e o fortalecimento da relação com o cliente sejam feitos da forma mais efetiva possível.
A embalagem em display pode ser o primeiro contato de um novo cliente com o produto ou marca, então ali se tem uma enorme chance de fidelizá-lo.
Ferramenta de marketing
O design de embalagem tenta orientar o posicionamento do produto no mercado, ao mesmo tempo em que tenta satisfazer os desejos dos consumidores-alvo.
A embalagem pode ser uma forma de propaganda de prateleira da marca ou produto, pois estabelece contato direto com o consumidor. Além disso, a embalagem, quando bem desenvolvida, cria uma associação direta entre o produto e a marca com a qual ele se relaciona.
Sustentabilidade e proteção ao meio ambiente
Atualmente, agir de forma sustentável é uma prática essencial para se destacar no mercado. Os materiais e dimensões devem ser projetados levando uma série de fatores em conta, incluindo formas de economia de matéria-prima.
Considerando que muitas embalagens são descartadas após a compra ou uso do produto, o design de embalagem entra como uma alternativa a isso. Embalagens recicláveis, reutilizáveis ou já feitas com matéria-prima reciclada contribuem para um menor impacto ambiental, melhorando a imagem e premissa ecológicas do produto, ideia cada vez mais valorizada pelos consumidores. Tudo isso pode ser um fator adicional de publicidade para potencializar as vendas de um produto.
Investir no design de embalagens dá resultado?
O resultado de uma recente pesquisa feita pela Confederação Nacional das Indústrias — CNI e publicada pela Sebrae mostra que 75% das empresas que investiram em design teve aumentos nas vendas, sendo que 41% também conseguiu reduzir custos.
A pesquisa ainda indica que o consumidor, quando se depara com produtos semelhantes, escolhe aquele que possuir a embalagem mais atraente e prática, estando disposto até a experimentar novas marcas se elas possuírem essas características.
As vantagens de investir no design de embalagens são diversas e sua atuação é muito estratégica no mercado atual. Há promoção do produto, aumento da competitividade no mercado, fortalecimento da marca, influência na decisão de compra e fidelização de novos consumidores.
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