5 dicas de logística para o setor de alimentos

5 dicas de logística para o setor de alimentos

O transporte é uma das etapas mais importantes para o fornecimento de produtos — afinal, ele é a ligação entre fornecedores e empresas. Justamente por isso, lidar com o seu gerenciamento demanda experiência e atenção aos mínimos detalhes. Apenas assim é possível potencializar a logística para o setor de alimentos e gerar resultados positivos.

Na verdade, o transporte conecta todas as etapas da cadeia alimentícia, desde a produção primária dos alimentos, processamento, manuseio e distribuição, até os fornecedores e empresas.

Por isso, para ajudar você, gestor de compras e marketing, a melhorar os seus resultados e segurança na armazenagem e transporte, elaboramos este artigo com 5 dicas práticas de logística para o setor de alimentos! Interessado? Então, continue lendo e confira!

1. Conheça as necessidades dos produtos

Em primeiro lugar, é fundamental mostrar para toda equipe a importância do transporte nas cadeias alimentícias, explicando quais são as implicações nos casos em que deficiências não são observadas e corrigidas.

Assim, treine sua equipe para apontar as possíveis alterações de qualidade e os perigos quanto aos termos de segurança alimentar. Também é imprescindível deixar claro o cumprimento categórico da legislação e da regulamentação destinada ao transporte de produtos alimentícios.

Além disso, o gestor de logística de alimentos deve ter o conhecimento sobre os tipos de transportes que são necessários para a correta execução das atividades. Nesse sentido, os transportes relacionados a produtos alimentícios são divididos em:

  • matéria-prima e hortifrutigranjeiros: que requerem refrigeração ou transporte em temperatura controlada;
  • matéria-prima e hortifrutigranjeiros não refrigerados: como o próprio nome já específica, aqueles que não precisam de refrigeração;
  • alimentos estocáveis, processados ou manufaturados: que não demandam cadeia fria, mas que precisam de proteção contra possíveis intempéries;
  • alimentos prontos para servir: ordenam manutenção de temperatura quente para diminuir os riscos de surgimento de micróbios ou fungos.

2. Foque na armazenagem e prepare a equipe para esta etapa

Os processos de armazenagem também precisam de muito cuidado e preparo da equipe de logística. Isso porque os alimentos são manuseados várias vezes no momento do armazenamento, o que aumenta a probabilidade de danos à sua embalagem original.

É necessário, portanto, que todas as instalações físicas do setor, bem como os equipamentos e os processos de recebimento e expedição, estejam apropriados para as operações. Vejamos, então, cada um destes aspectos:

Equipamentos

Os variados equipamentos de carga e descarga da área de logística devem estar bem adequados para esse manuseio dos alimentos. As máquinas necessárias para tal trabalho requerem sistemas antivibração, além de serem controlados por trabalhadores aptos.

Instalações

Para o armazenamento de produtos perecíveis, o ideal é que o setor possua instalações que preservem as temperaturas indicadas para os alimentos. Além disso, a higienização também deve ser algo constante nas instalações.

Todas essas são medidas necessárias para diminuir os riscos de contaminação dos alimentos e seguir os padrões designados pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Estocagem

Quanto à logística para o setor de alimentos, os líderes da área devem priorizar o aproveitamento do maior espaço possível. Afinal, eles precisam deixar espaços sobrando entre os paletes onde são colocados os produtos, para que a mercadoria fique ventilada e de fácil acesso.

Nesse sentido, um ponto crucial no armazenamento de alimentos é implantar e seguir o sistema do FEFO — First Expire First Out ou, em tradução livre, “o primeiro que vence é o primeiro que sai”.

3. Entenda a importância das embalagens da gestão de estoque

Sem dúvida, o tipo da embalagem é um dos primeiros grandes fatores a ser considerado quando falamos do transporte de alimentos.

Mas é importante frisar que, quando falamos “embalagem”, não estamos focando apenas as caixas onde são colocados os alimentos, mas também os paletes, contêineres e contentores que são utilizados para acomodar as mercadorias desde a armazenagem e o transporte até chegar ao ponto de venda.

Nesse caso, as embalagens podem ser classificadas como:

  • primárias: embalagens primárias são aquelas que servem para empacotar os alimentos. São as conhecidas “sacolinhas plásticas”, disponibilizadas no varejo para o cliente final;

  • secundárias: embalagens secundárias podem ser as bandejinhas ou os filmes que embrulham os alimentos para que estes cheguem em ótimas condições nos pontos de venda;

  • terciárias: as embalagens terciárias são os receptáculos que abrigam as embalagens secundárias, possibilitando o manuseio da mercadoria nos processos de transporte e do armazenamento;

  • quaternárias: essas são os paletes padrão — que, por sua vez, utilizam as embalagens terciárias no momento do transporte;

  • quinárias: já as quinárias são aplicadas para o transporte. Podem ser os contêineres refrigerados ou isotérmicos padrão, ou até as embalagens especiais.

4. Aplique ações preventivas

Com o intuito de diminuir a ocorrência de contratempos, faz-se necessária a aplicação de um checklist, para garantir as condições ideais para os produtos. Quanto a isso, vejamos alguns itens que devem ser verificados:

  • descarregar a mercadoria apenas em condições favoráveis;
  • confirmar a estabilização térmica do produto quanto ao interior do veículo, antes de fazer a expedição da mercadoria;
  • alocar a carga dentro do veículo ou em contentores, de maneira a permitir a circulação de ar de forma adequada;
  • verificar a calibragem dos medidores de temperatura do veículo e os externos;
  • após a descarga, colocar sem demora o produto armazenado em câmaras que conservem a temperatura correspondente indicada para a conservação do alimento;
  • verificar se a higienização do veículo de transporte corresponde às normas indicadas;
  • assegurar que os fornecedores e a equipe de logística estão cumprindo as práticas corretas de manipulação, de forma que garantam a integridade das embalagens dos produtos.

5. Aplique ações corretivas, se necessário

Por fim, no caso de descumprimentos das medidas preventivas, não fique receoso em aplicar medidas corretivas. Nesses casos, notifique o fornecedor ou a transportadora sobre as inconsistências encontradas, faça os ajustes e receba as mercadorias.

Deixe claro para todos os seus fornecedores e parceiros que a qualidade é um valor de sua empresa e algo inegociável. Se os danos comprometeram — ou comprometerão — a qualidade do produto, por exemplo, não hesite em devolver ou descartar a mercadoria.

De toda forma, conte sempre com uma equipe de controle de qualidade e treine todos os colaboradores com orientações básicas para identificar e agir imediatamente para evitar perdas e avarias.

Enfim, garantir excelência na logística para o setor de alimentos é um desafio. Existem muitas variáveis, e é preciso estar atento aos fatores internos — como estoque e armazenagem — e externos — como embalagens, recebimento e transporte. Por isso, siga essas nossas dicas e aumente as suas chances de sucesso na logística!

E então, gostou deste artigo? Tem alguma dúvida, ou sugestão sobre o tema? Deixe-nos o seu comentário e divida a sua opinião conosco!

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