O Conforto para imprevistos financeiros além da sobrevivência  

          80% dos consumidores brasileiros gastam mais do que ganham, não guardam dinheiro e muito menos planejam o futuro, segundo pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). 

          A educação financeira está ligada diretamente ao comportamento e não à quantidade da renda. Entrar mais dinheiro na conta não significa ter mais dinheiro e, às vezes, isso se torna até mais problema, dependendo do comportamento, pois o buraco pode se tornar ainda maior, já que os gastos serão também maiores. Qualquer imprevisto que houver, a renda alta pode parar de entrar, mas os compromissos feitos irão chegar pontualmente, sem nenhum imprevisto. Ou seja, o imprevisto é apenas na entrada, mas na saída, não. Aí mora o perigo e muitos perdem a cabeça. 

         Se o consumidor tem o comportamento de não controlar as suas próprias contas, é esse mesmo consumidor que quando quer empreender, abre um CNPJ e vai levar esse comportamento para dentro da empresa. A empresa é a cultura do dono, do fundador. 

Se oitenta em cada cem pessoas não sabem controlar as próprias contas, você já parou para pensar quantas pessoas em cada 100 se sentem seguras quando têm um imprevisto nas finanças do negócio?            Quantas fizeram o colchão financeiro, para poder ter o conforto de se deitar nele por alguns meses, até que a tempestade passe ? 

Portanto, qualquer pessoa pode fazer seu colchão financeiro, pois você já sabe que é por questão comportamental e não pelo valor das entradas. 

          Trata-se de uma reserva emergencial que deve ser utilizada apenas em casos de imprevistos e nunca para comprar um carro para a frota, uma máquina, reformar o escritório, a loja, etc. Esse valor não precisa ficar debaixo de um colchão, como era feito antigamente devido à ausência de Bancos. Mas também não precisa necessariamente ficar em Bancos, com rendimentos tão baixos. Você encontra rendas fixas igual ou acima da inflação, em bons fundos de investimentos e com liquidez imediata, caso você precise do dinheiro rapidamente. 

           Diferente do colchão financeiro pessoal, que normalmente precisa ser no mínimo para 12 meses, numa empresa deve ser no mínimo para 6 meses, caso ela tenha sérios imprevistos que comprometam seu faturamento a zero. 

           Vale salientar que dependendo da empresa, esse colchão deve ser mais robusto ou ser fortalecido por bons seguros. Se a operação exige máquinas, por exemplo, você deve ter um bom seguro e muita atenção na leitura do contrato deste seguro. As seguradoras não têm muito critério na hora de aceitar o seguro. Porém, se houver um sinistro, ela é criteriosa nas vistorias e podem haver pegadinhas no contrato que justifique o não pagamento do seguro por parte da seguradora. Sendo assim, é primordial ler tudo antes de assinar e estar com a estrutura adequada às exigências da seguradora, pois imprevistos, o próprio nome já diz, ninguém sabe a hora que pode acontecer. 

          Lembre-se que cada negócio tem suas particularidades. As necessidades mais comuns numa empresa são os custos fixos, custos variáveis, capital de giro, férias, décimo terceiro e rescisão trabalhista. 

Um pouquinho de esforço em cada dia facilitará a sua vida no médio e longo prazo e evitará que você perca a paz em alguns momentos e tenha que fazer esforços enormes e estressantes. 

           Para sua tranquilidade e liberdade, cuide de você e esteja sempre preparado para momentos de turbulência. Seu comportamento, inclusive, pode até evitar que esses momentos de turbulência aconteçam e seu colchão financeiro vai se acumulando para seu maior conforto e riqueza. 

Veja o rápido vídeo que fiz para enriquecer ainda mais esse tema tão importante para você: